É normal que os revendedores busquem qualquer boa oportunidade para conquistar novas vendas, até mesmo na empresa em que trabalham. Você se lembra da personagem Biga, da novela A força do Querer? Assim como você, ela busca crescer no mercado de venda direta e não se intimida em revender produtos no trabalho para os colegas.

Mas sabia que revender produtos no trabalho pode gerar algumas consequências nem um pouco agradáveis? Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (a conhecida CLT — lei que regula as relações de emprego), constitui justa causa para rescisão do contrato a “negociação habitual por conta própria ou alheia sem a permissão do empregador”. Isso significa que a revenda sem permissão do chefe dentro da empresa pode gerar uma demissão por justa causa — a penalidade máxima que pode ser dada ao funcionário.

Mas calma, não precisa desanimar. Isso não significa que atuar como revendedor no seu emprego formal é proibido. Vamos lhe ensinar neste artigo como revender os produtos no trabalho sem receber advertências. Acompanhe!

Tenha uma permissão por escrito para revender produtos no trabalho

Se, assim como a personagem Biga, você quer ampliar as possibilidades do seu negócio, o primeiro passo para evitar uma advertência ou outra penalidade ao exercer a atividade de revenda no seu emprego formal é conseguir uma licença do empregador.

O seu chefe — ou outra autoridade na empresa — pode fornecer essa permissão, mas é bastante importante que ela seja escrita e contenha expressamente o que você pode fazer. Inclusive, você deve guardá-la para que, diante de eventuais problemas, tenha como comprovar que não estava fazendo nada de errado ao revender produtos no trabalho.

Evite realizar a atividade durante o horário de trabalho

Já de posse da autorização, você deve se certificar de que na hora de revender produtos no trabalho deve ser fora dos horários em que deve se dedicar às atividades do seu emprego formal. Isso evita tanto uma queda no desempenho quanto que seu chefe lhe chame a atenção.

Os horários de almoço, início e término de expediente são bons momentos para mostrar os seus produtos. Evite também interromper as pessoas em seus horários de trabalho, o que pode ser inconveniente. 

Não é por ter uma permissão escrita que todos os limites devem ser ignorados. Lembre-se que a dedicação — ou falta dela  — é uma forma que as empresas usam para avaliar seus funcionários.

Não crie uma concorrência com a própria empresa

Imagine a seguinte situação: você trabalha em uma loja de cosméticos de uma determinada empresa, mas pretende vender para colegas de trabalho os produtos da empresa concorrente. Seria um belo problema, não é mesmo?

A atividade não deve concorrer com aquela desempenhada pela firma onde trabalha, o que também está expresso na lei que mencionamos no início do artigo. Dessa forma, verifique se não existem em sua cartela de produtos outros itens interessantes para seus clientes, fora do ramo de atuação da empresa.

Crie uma relação harmônica com os clientes

Isso deve ser observado em qualquer lugar em que esteja atuando com revendas, mas é ainda mais importante quando se está exercendo a atividade no ambiente de trabalho. Deixe claro os prazos e condições de pagamento, evitando mal-estar decorrente de desentendidos.

Tente ser tolerante com os pequenos atrasos (mas sem que isso atrapalhe suas finanças!) e busque sempre conversar com o cliente, caso o pagamento atrase. Agir assim — com cordialidade — é a melhor forma de manter o ambiente harmônico, evitando intrigas desnecessárias.

Como você viu até aqui, vender produtos no trabalho deve ser feito com cautela e nunca às escondidas. A atividade pode ser uma boa forma de completar a sua renda formal (ou até superá-la), por isso, saiba exercer com segurança.

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Revender produtos no trabalho: como fazer sem levar advertências?
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